Faltam 3 dias.

Quando penso que te vais embora, sinto o coração a apertar. Sinto um nó na garganta, um sufoco quando tento respirar. Talvez não valha a pena explicar ás pessoas porquê que me custa tanto saber que daqui a uma semana estás a apanhar um avião para ficares longe de mim mais de quinze dias, porque ninguém sabe a falta que me vais fazer. Ninguém sabe o que nos une, e o que significa não te ter perto de mim. Ver-te ir embora dói-me, e talvez seja estúpido e egoísta da minha parte, porque sei que vais estar feliz, e melhor de tudo, sei que voltas. E esta é a única parte boa da tua partida, é pensar no teu regresso. Mas e enquanto não estiveres aqui? Quem é que me vai fazer sentir segura? Quem é que me vai alegrar os dias, e fazer sorrir a toda a hora? Enquanto não estiveres aqui, quem é que me vai dar a mão quando formos na rua, ou aquecer-mas quando elas estão geladas? Enquanto não estiveres aqui, quem é que me vai beijar com paixão, olhar-me com carinho, ou falar-me ao ouvido? Como é que vou passar tantos dias sem sentir o teu cheiro, sem sentir o teu abraço, e sem te tocar? Preciso tanto de ti. Preciso tanto daquilo que somos juntos há 7 meses como namorados, e há 3 anos como amigos. Ao princípio não havia esta dependência, este vício, este amor… mas agora que há, existem laços impossíveis de se desatar, e é por isso que custa. Porque mesmo sabendo que voltas, é inegável que vai haver uns tempos que não vais estar cá. Tinha tantos planos para nós. Eles não desaparecem, claro. Simplesmente ficam adiados. E eu sei que muito provavelmente este medo é estúpido e descabido, mas odeio ver aqueles que amo partir, porque faz-me sempre relembrar aqueles que foram, e nunca mais voltaram.

Vou esperar por ti ansiosamente.

Com amor, sempre tua, Jéssica.