domingo, 19 de dezembro de 2010

Conversas em silêncio.

E lembro-me tão bem dos teus olhos vermelhos a fixarem os meus. Já estavas a sentir a minha falta, e ainda estavas ali. Mas eu sei que estavas. E lembro-me do teu beijo, longo, demorado, saboroso, apaixonado.. Lembro-me das tuas mãos agarradas á minha cintura. E lembro-me do calor da tua respiração no meu pescoço. Lembro-me de todas as palavras que estavam entaladas na minha garganta. Lembro-me que metade delas não sairam porque estavam misturadas com o soluço sufocado do choro, que eu tentava evitar com todas as minhas forças. E depois afastaste-te outra vez, enquanto as tuas mãos agarravam as minhas. E eu olhei para os teus olhos outra vez. E fraquejei. Senti as pernas a tremer, as lágrimas a cair, e o coração a saltar do peito, e percebi que não precisava de te dizer nada, não precisava de abrir a boca para te dizer mais nada, porque mesmo em silêncio tinhas ouvido tudo o que te tinha dito. E é por isto que te amo tanto. Pelo amo-te que esta entranhado em todos os detalhes que nos unem.

5 comentários:

  1. adoro!
    é mesmo isso. se precisar custa, não precisar ainda custa mais

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  2. Está lindo querida !
    E claro que conheço, eu sou de Elvas (Alentejo) conheces?

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  3. É incrível essa tua tremenda sinceridade para falares sobre os meus textos, minha querida. Tens sempre uma palavra de incentivo ou apoio a dizer, é muito importante saber isso acredita.
    Hum, logo vi querida. Tens que me dar o teu e-mail.

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