Fomos tanto porque eras o meu tudo, eras tudo para mim. O primeiro grande e eterno amor. Aquele que nunca se esqueçe, que vai morrer em nós, que vai morrer gravado no nosso corpo e no nosso coração. Admito que há noites que ainda me atormentas o sono, por muito que eu não queira, e mesmo que já não faça sentido, tu nunca vais sair daqui.
Guardo-te em segredo, no mais infimo do meu ser. Tornaste-me uma pessoa melhor. Fizeste-me crescer, deste-me força, e sobretudo deste-me o que nunca ninguem me tinha dado, amor.
Nunca terei palavras para te agradeçer, mas posso garantir-te que te dei tudo o que tinha de mim. Sou tão diferente desde que te foste embora. Perdão, sou tão diferente desde que te mandei embora, mas foi melhor assim. Aprendi a amar por inteiro contigo, e agora tenho a mania de exigir demais das pessoas com que me envolvo. No fundo eu quero encontrar pedaços de ti em cada uma delas. É por isso que tantas vezes sou impulsiva, e quero tudo. Porque tu davas-me tudo, e eu ao principio não me conseguia contentar com o pouco que eles me davam, mesmo que para eles fosse muito. Porque tu davas-me mais. E eu queria ter alguém que me olhasse por dentro como tu fazias, queria ter alguém que me beijasse daquela forma tão intensa, queria alguém que me fizesse sentir tão segura como tu, queria alguém que me surpreendesse todos os dias, queria alguém que dissesse que me amava todos os dias, queria alguém que me dissesse que eu cheirava a amor, queria olhar para eles e sentir-lhes amor e desejo a saltar pelos olhos como acontecia ao olhar para ti, e só agora , passado quase um ano, é que eu finalmente percebi que nunca mais vou encontrar ninguém como tu. Nem quero. Porque foste o melhor que tive até hoje, mas és uma página virada da minha história. E é em parte graças a ti também que agora aprendi que não posso obrigar os outros a darem-me tudo de uma vez, tenho que ser paciente, e tenho que saber aceitar o que me dão, porque o tudo deles, nunca será igual ao tudo que me entregavas com tanta paixão. Mas eu já não exijo que sejam como tu.
Hoje somos tão pouco, porque não há muito que nos reste. Só mesmo estas recordações que ainda guardo com tanto carinho. Só mesmo os papeis guardados dentro da minha caixa, as cartas, as cartolinas, os envelopes, os corações.. Raramente olho para eles, nem para eles, nem para ti. Mas não me arrependo de nada, nem mesmo de te ter atirado para fora do nosso barco. Há decisões dificeis que temos de tomar, e no fundo sempre soubemos que nunca acabariamos juntos. Só sei que foste o meu primeiro amor, porque acabou. Nunca mais vou ser capaz de amar alguém como te amei a ti, até porque já não há tanto amor dentro de mim como havia no teu tempo... E foi todo para ti enquando durámos. Enquanto existimos. Enquanto viviamos um para o outro. Agora o tempo acabou-se. Nós acabámos um para o outro. Agora o amor que vivemos? Continua aqui. Já não tem efeitos, nem causa emoções nem arrepios, mas está aqui. E vai estar para sempre, até ao dia em que os meus olhos se fecharem, com a certeza de que nunca mais se voltarão a abrir.
com amor, jéssica.
adorei, gostei tanto do texto, e revi-me em alguns pedacinhos :)
ResponderEliminarmas deixa-me que te diga, embora o primeiro amor seja único, já me fizeram acreditar que nem sempre é o mais forte, e aquele que mais nos dá, nem sempre é o que mais nos prende, o que mais nos toca, é o primeiro, e por isso marca-nos, mas eu aprendi a não deixar que isso seja um limite, e hoje, sou bem mais feliz por isso, porque vivo um amor muito mais intensamente e muito melhor do que o primeiro :)
(mas isto, sou eu :p)
beijinhos *
"E vai estar para sempre" E vai estar sempre, porque quem ama nunca esquece. E porque verdadeiros amores são inesquecíveis.
ResponderEliminarAdorei a carta.