domingo, 24 de outubro de 2010

Mata-me de novo.


Iam os dois de mãos dadas, como se o mundo fosse só deles. Ele parecia distraido nos seus pensamentos, e ela distraida em observá-lo com um ar deliciado. Resolveu provocá-lo. Assim sendo, empurrou-o algumas vezes enquanto se ria sem parar.
-Se me empurras outra vez, mato-te! - disse ele enquanto juntou o corpo ao dela, fazendo com que as suas bocas ficassem o mais proximo possivel uma da outra.
-Ai sim? Quero ver isso então! Matas-me como? Atiras-me aqui para a linha do metro e esperas que ele passe? Força! - perguntou ela com ar de gozo, enquanto fixava aqueles lábios perfeitos tão junto dos dela.
- Não- respondeu ele fazendo um ar demasiado sério para aquele momento. - Mato-te de amor - acrescentou , sorrindo.
-Então assim estás autorizado a matar-me todos os dias - disse ela, sem conseguir ocultar o barulho do seu coração que saltava tanto naquele momento.
- Anda cá - disse ele - agarrando-lhe o pescoço, e largando-lhe a mão, para que a sua pudesse agarra-la na cintura.
Ela fechou os olhos e beijou-o. Beijou-o de tal forma que podia ter a certeza que os seus pêlos do braço estavam todos arrepiados, que as borboletas lhe tinham aparecido no estômago como se fosse a primeira vez que o fazia.. Então sorriu. Por dentro, ela sorriu, porque teve a certeza que naquele momento ele a matava mais um pouco. E matava-a da única forma que sabia fazer, de amor.

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