segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Can you hear my heart beating?


E infelizmente chega a hora de te ires embora. Incrivel, adoro ver-te chegar, mas quando chega a hora de te ver partir, o meu coração aperta que me arrisco a dizer que me sinto a sufocar. Chegamos ao sitio, e chega também a hora de nos despedirmos. Eu sei, eu sei tão bem como tu que provavelmente daqui a umas quantas horas, já te tenho comigo outra vez. Já tenho a tua boca na minha, as nossas mãos encaixadas e já oiço as nossas gargalhadas juntos. Mas quem é que me dá a certeza que o amanhã existe mesmo ? Quem me garante que um acaso infeliz não te tira de mim, ou me afasta de ti ? Ninguem. É por isso que me custa tanto ver-te partir, mesmo que o teu beijo me diga que vais voltar.
E então agarras-me a cintura. Os teus braços á minha volta. Não quero que vás. Sinto-me protegida. A tua boca na minha, o teu sabor, e o mundo podia acabar agora. Apertas-me com mais força, e eu agarro-te os cabelos. Será que sentes ? Sentes este desejo de nunca te largar ? Eu não quero que vás, porra! Eu quero desfazer-me em ti. Quero que a tua pele se junte com a minha, que desaparecas em mim. Que fiques comigo. Eu quero devorar-te. Isso, morde-me o lábio, sugo-te a lingua, fico sem ar. Quero que fiques sem ar ao mesmo tempo que eu. Quero que o ar nos falte aos dois ao mesmo tempo. E quero que voltemos a respirar juntos. Isso, diz-me que não te queres ir embora. Repete-o vezes sem conta ao meu ouvido. Encosto o nariz ao teu pescoço. O teu cheiro... jamais serei capaz de esquece-lo. Quero que ele se entranhe em mim. Quero-te em mim. Dentro de mim. Não páres agora, por favor. Não páres nunca. Isso, não digas nada. Eu consigo ouvir-te a dizer que me amas sem que para isso saiam palavras da tua boca. Também te amo, grito-te em silêncio. Diz-te a minha lingua. As minhas mãos, o meu corpo. Amo-te. Toda eu. Inteiramente. Isso, continua. O tempo vai parar. E agora sou só eu e tu. Somos só nós. E somos um só.

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