Ama-me

Por favor, ama-me agora. Ama-me com toda a tua alma, com toda a tua dedicação. Ama-me agora como se não me fosses amar nunca mais, como se tudo acabasse daqui a 1 hora. Vem, vem rápido como o vento, estou à tua espera. Sussurra-me ao ouvido que me queres, enquanto as tuas mãos entram por baixo da minha camisola e me tocam. Deixa-me tirar-te a tua. Deixa-me cravar as minhas unhas nas tuas costas. Isso, agarra-me com força, não tenhas medo de me aleijar. Morde-me, arranha-me, puxa-me os cabelos. Não me dói. Nada me magoa mais que esta dor que trago cá dentro, por isso não hesites. Sê bruto. Faz-me esquecer isto que me mata por dentro. Faz-me sentir de outras formas.

Não fales agora, não há nada que possas dizer para descrever este momento. Fecha os olhos. Eu Amo-te. Relaxa. Respira comigo. Como se fossemos um, como se amanhã não o fossemos mais.

Não quero o barulho das palavras saídas destas bocas cansadas de se comerem, mas quero escrevê-las em ti.

Estico a mão e apanho uma caneta. Sento-me em cima de ti e tapo-te a boca com um dedo, ordenando que não acabes com a magia agora. Ainda faltam mais uns minutos.

Amo-te muito, e quero que a tinta desta caneta desapareca com o suor dos nossos corpos, quero que se entranhe em ti. Faz amor comigo mais uma vez. Escrevo-te na barriga. Lês o que escrevo e pegas de imediato na caneta. Pegas em mim, deitas-me e escreves-me na barriga Quero amar-te como se amanhã já não conseguisse fazê-lo. Agora vamos fingir que isto algum dia poderia acontecer. Eu leio, fecho os olhos, mordo o lábio, sorriu. É agora.